sábado, janeiro 30, 2016

Antevisão/Destaques: Programa 266

Colecção RA regressa ao fim de Janeiro, fazendo, com dois discos em audição, a homenagem que o Ruído Alternativo devia a Lemmy Killmister. O astro do rock desapareceu no final de Dezembro e, depois das já agendadas emissões especiais, não esquecemos a perda. Primeira parte com Hall Of The Mountain Grill (1974) dos Hawkwind em destaque, e na segunda hora Overkill (1979) dos Motörhead. A vida e parte da obra de Lemmy para conhecer nesta emissão especial.

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 (1974) Hawkwind - Hall Of The Mountain Grill

Antes de ser tornar uma figura conhecida à escala global nos seus Motörhead, Lemmy fez parte de um dos conjuntos mais influentes e, de alguma forma, injustiçados da história da música moderna. A imagem dos Hawkwind não se distanciava muito dos seus pares da época (vide história do rock progressivo), mas a música e o imaginário estavam mais à frente. Foram o grupo fundador da estética e imaginário space-rock, trazendo uma proposta algo diferente do psicadelismo. A sua história é um constante vai-e-vem de músicos, algo que em 1972 permitiu a entrada de Lemmy no grupo - um tipo sem qualquer contacto prévio com as quatro cordas que foi contratado para o posto de baixista. Abordava o instrumento como uma simples guitarra, riffando e fazendo harmonias em vez de tocar notas soltas, apanágio dos baixistas naquela altura. É durante a sua fase na banda que os Hawkwind saem do obscurantismo, primeiro com o single "Silver Machine" (cantado por ele) e, pouco depois, com o disco ao vivo Space Ritual - um resumo da música e imaginário do grupo em palco. No que a LPs diz respeito, para além de Doremi Fasol Latido (1972) e Warrior On The Edge Of Time (1975), participou no incontornável Hall Of The Mountain Grill: uma obra levemente inspirada no trabalho do amigo da banda Michael Moorcock (escritor ligado à ficção científica), vista como o pico de forma dos Hawkwind. Apesar de ter deixado a sua impressão digital no som e sucesso dos Hawkwind, Lemmy seria despedido em 1975 por problemas relacionados com drogas. Depois, por conta própria, seguiu em frente para escrever mais páginas da história do rock com os Motörhead.
 AB

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(1979) Motörhead - Overkill

Depois de pegar no título da última música escrita a bordo da nave dos viajantes dos espaço Hawkwind, Lemmy forma os Motörhead. Deixando para traz o psicadelismo, os primeiros tempos na nova banda foram difíceis. Encontrou a formação clássica (Lemmy Kilmister, Fast Eddie Clarke e Philty Animal Taylor), com quem fez um brilharete, e o power trio estreou-se com um álbum em homónimo em 1977 que não dá muito nas vistas (é muito bluesy e ainda ligado ao rock/hard mais clássico que caracterizava aquela época) - só o single "Motörhead" traz algum retorno à banda. Mudam de editora e chegam finalmente chegam à sua época dourada. É a partir de '79 que a revolução começa, construindo desde logo um set clássico de quatro discos que ficaria na história e seria ainda o manual de instruções para toda a comunidade metaleira que haveria de crescer ainda mais pouco tempo depois. São esses quatro discos: Overkill (1979), Bomber (1979), Ace Of Spades (1980) e Iron Fist (1982), juntando-se a estes ainda um quinto, desta feita ao vivo, de nome No Sleep 'Til Hammersmith (1981) que lhes valeu um número um no Reino Unido - neste trabalho ao vivo mostram a fibra dos Motörhead em palco, o sítio onde sempre destacar-se-iam. Em Overkill a banda constrói pela primeira vez a sua marca sonora, registando aí a sua fórmula: velocidade + peso; que é como quem diz, punk + metal/hard rock que os levou ao speed metal e a um legado importantíssimo para as gerações futuras. Os Motörhead serão para sempre lembrados a partir deste álbum, onde usam um bombo duplo na bateria, e se os próprios não tivessem existido o rock e o metal não seriam os mesmos. Colocaram o volume no máximo, tiveram sempre um travo blues (um toque de humildade que os impediu de esquecer as suas próprias influências), influenciaram milhares de bandas que vieram depois, foram pioneiros e anos antes já faziam aquilo que os Nirvana iriam repetir anos mais tarde: juntar os punks e os metaleiros no mesmo lugar. E como o Lemmy diz no final do documentário com o seu nome, de 2010: "Don't forget us: we are Motörhead and we play rock n' roll!".

CM

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Tudo isto, e muito mais, a não perder Domingo à noite na Tejo FMA partir das 22h nos 102.9 FM para ou Ribatejo ou para todo o mundo na emissão online em www.tejoradiojornal.pt.

sexta-feira, janeiro 29, 2016

Colecção RA: Hawkwind - "Hall Of The Mountain Grill" (1974) & Motörhead - "Overkill" (1979)

Depois de colocar a casa em ordem e de dar o devido destaque aos melhores lançamentos de 2015, regressamos à rotina do final de mês nesta casa. Colecção RA a fechar o primeiro mês do ano com a devida homenagem a Lemmy Killmister, falecido no passado dia 28 de Dezembro. Nas duas horas de emissão de Domingo voaremos pelas duas bandas a ele associadas: a partir das 22h do dia 31 de Janeiro, Ruído Alternativo com a audição na íntegra os álbuns Hall Of The Mountain Grill (1974) dos Hawkwind e Overkill (1979) dos Motörhead.

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Na primeira hora fazemos então a retrospectiva do início dos Hawkwind e, especialmente, dos anos de Ian Killmister como baixista do grupo. Ele que foi contratado sem ter qualquer experiência no instrumento mas, por outro lado, o seu gosto por anfetaminas agradava a um dos guitarristas da banda. O ex-rodie de Jimi Hendrix e guitarrista-ritmo amador trouxe assim uma nova abordagem ao instrumento (que, para todos os efeitos e para ele, continuava a ser uma guitarra, só que com menos cordas) e foi parte importante do som dos Hawkwind naquela época. Em época de afirmação, os mestres do space-rock conseguiram vingar com Lemmy ao leme no single que os trouxe à ribalta, "Silver Machine". É também nesta fase que a banda cimenta o seu som e filosofia com o álbum ao vivo Space Ritual e com Hall Of The Mountain Grill, este último que vamos ouvir na primeira parte desta Colecção RA. Curiosamente o que levou Lemmy a integrar primeiramente os Hawkwind, as drogas, foi também o motivo do seu despedimento em 1975. Depois, pegou no título da última música que tinha escrito na banda para nomear o seu novo projecto. O resto já faz parte da história do rock n' roll. 
AB

Hawkwind
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Ian Fraser Kilmister (24 de Dezembro de 1945 - 28 de Dezembro de 2015): cabelo comprido, patilhas ligadas pelo bigode, duas verrugas, chapéu estilo cowboy, voz grave e distinta, de microfone ao alto, baixo tocado como se fosse uma guitarra... o roadie de Jimi Hendrix transformou-se numa lenda e não podia sonhar com melhor. Fã de Little Richard e dos Beatles, começou pela guitarra e percorreu o seu caminho em bandas locais até chegar ao baixo dos Hawkwind, onde o aborda como guitarra (afinal nunca tinha tocado num). Com o grupo de psicadelismo põe a voz em "Silver Machine" e transformou em sucesso um banda vinda do espaço movida a drogas. Depois de abandonado, criou a sua banda, e com Fast Eddie Clarke e Philty Animal Taylor, cristalizou-se aí, nessa época, no mundo rock. O power trio juntou o hard rock e o punk e fez um speed metal que seria fulcral para o nascimento do thrash. Lemmy foi o comandante dos Motörhead e com membros a sair e a entrar, manteve-se fiel à sua identidade batalhando pela sua grande causa que foi sempre o rock 'n' roll. Em 22 álbuns de originais (entre EPs, singles, compilações, álbuns ao vivo...), conseguiu a marca de mais de 15 milhões de unidades vendidas e só quando versionou os Metallica (seus discípulos directos) é que viu da academia (Grammys) os aplausos merecidos pelo seu contributo ao rock e ao metal. Escreveu para Ozzy Osborne; escreveu e tocou com os Ramones; formou os Head Cat (supergrupo de rockabilly); esteve com os The Damned, com as Girlschool e com a ícone sexual/punk Wendy O. Williams dos Plasmatics; esteve em Probot de Dave Grohl; fez figurões em diversos videoclips... Enfim,... A figura de Lemmy tem todo um mito à sua volta. Um músico que foi sempre apontado pelos seus pares como «o» verdadeiro 'rock 'n' roll man': o álcool (uma garrafa de Jack Daniels por dia ao longo de mais de 30 anos), as drogas (o speed e o LSD, mas acima de tudo as anfetaminas), o jogo, as mulheres (dizia ter estado com mais de mil), e, claro, o rock 'n' roll! Como o último baterista da banda afirmou, Mikkey Dee, pouco depois da morte de Lemmy Kilmister, aos 70 anos: "os Motörhead eram Lemmy" - e Lemmy era, aliás, é o rock! (acrescento eu).

CM

Motörhead

quarta-feira, janeiro 27, 2016

Review 2015: A Análise - Prólogo

2015 já lá vai e pelo Ruído Alternativo ainda temos mais uma coisa a fazer: a revista do ano com a análise dos discos que escolhemos para os dois programas da Emissão Especial - Review 2015.

Nos próximos dias dedicaremos parte do nosso tempo a examinar os álbuns que nos marcaram em 2015, mas para já deixamos as listas e os podcasts que importam ouvir para nos poderem acompanhar da melhor forma neste exame aos 365 dias de 2015:
Posto isto, nos próximos dias teremos 60 análises/críticas aos 60 álbuns de 2015 por aqui escolhidos. Os textos são da total responsabilidade de André Beda e Carlos Montês - autores e locutores do RA. A ordem a seguir, é a das playlists dos programas do Ruído Alternativo. Em baixo todos os álbuns com o respectivo autor do texto entre parênteses:

[Programa 263, 1ª Parte:]
  • Pista - Bamboleio (CM)
  • The Temple - Serpentiger (AB)
  • TV Rural - Sujo (CM)
  • The Japanese Girl - Sonic-Shaped Life (AB)
  • Moonspell - Extinct (AB)
  • The Walks - Fool's Gold (CM)
  • Dollar Llama - Grand Union (AB)
  • Wells Valley - Matter As Regent (AB)
  • The Glockenwise - Heat (CM)
  • Savanna - Dreams To Be Awake (CM)
  • Astrodome - Astrodome (AB)
  • Pega Monstro - Alfarroba (CM)
  • Fast Eddie Nelson - Roots Run Deep (AB)
  • 10 000 Russos - 10 000 Russos (CM)
  • Equations - Hightower (AB)
 


[Programa 263, 2ª Parte:]
  • Sleater-Kinney - No Cities To Love (CM)
  • Elder - Lore (AB)
  • Clutch - Psychic Warfare (AB)
  • Boogarins - Manual Ou Guia Livre De Dissolução Dos Sonhos (CM)
  • Deafheaven - New Bermuda (CM)
  • Ghost - Meliora (AB)
  • Kurt Vile - B'lieve I'm Goin Down... (CM)
  • Kylesa - Exhausting Fire (AB)
  • Viet Cong - Viet Cong (CM)
  • Father John Misty - I Love You, Honeybear (CM)
  • Tame Impala - Currents (CM)
  • Chelsea Wolfe - Abyss (AB)
  • Black Temple - It All Ends (AB)
  • Courtney Barnett - Sometimes I Sit And Think, And Sometimes I Just Sit. (CM)
  • Baroness - Purple (AB)
[Programa 264, 1ª Parte:]
  • Eagles Of Death Metal - Zipper Down (CM)
  • Caspian - Dust And Disquiet (CM)
  • The Amazing - Picture You (CM)
  • Deerhunter - Fading Frontier (CM)
  • Alabama Shakes - Sound & Color (CM)
  • Low - Ones And Sixes (CM)
  • Royal Headache - High (CM)
  • Car Seat Headrest - Teens Of Style (CM)
  • Dilly Dally - Sore (CM)
  • Drenge - Undertow (CM)
  • Protomartyr - The Agent Intellect (CM)
  • Titus Andronicus - The Most Lamentable Tragedy (CM)
  • The Lucid Dream - The Lucid Dream (CM)
  • Spectres - Dying (CM)
  • Lightning Bolt - Fantasy Empire (CM) 
 
[Programa 263, 2ª Parte:]
  • Faith No More - Sol Invictus (AB)
  • Toundra - IV (AB)
  • All Them Witches - Dying Surfer Meets His Maker (AB)
  • Marilyn Manson - The Pale Emperor (AB)
  • Mondo Drag - Mondo Drag (AB)
  • Torche - Restarter (AB)
  • The Sword - High Country (AB)
  • Pentagram - Curious Volume (AB)
  • Goatsnake - Black Age Blues (AB)
  • Windhand - Grief's Infernal Flower (AB)
  • KEN Mode - Success (AB)
  • Killing Joke - Pylon (AB)
  • Fear Factory - Genexus (AB)
  • Mutoid Man - Bleeder (AB)
  • Refused - Freedom (AB)
A partir de segunda-feira, dia 1 de Fevereiro, começamos a colocar no blog os nosso artigos da Review 2015. Para acompanharem a par e passo esta revista do ano, basta ir à Secção "Etiquetas", na barra lateral direita do blog, e clicar em "Review 2015".

Comentem e esperemos que seja do vosso agrado.

A equipa,
Ruído Alternativo

sábado, janeiro 23, 2016

Antevisão/Destaques: Programa 265

Depois do devido destaque aos melhores lançamentos de 2015, voltamos à carga no novo som nacional no Ruído Alternativo. Como prometido, no Domingo, a partir das 22h na Tejo FM,contem com a Emissão Especial: Nova Música Portuguesa IV e com os seguintes nomes:

1ª parte:
  • Aires
  • Ambar
  • Fellows Nervous
  • Ghost Hunt
  • Homem Em Catarse
  • Indian Zephyr
  • Moonshiners
  • Papaya
  • The Dirty Coal Train
  • Then They Flew
  • This Penguin Can Fly
  • Vaarwell
  • Wildnorthe

Then They Flew | The Dirty Coal Train | Indian Zephyr

2ª parte:
  • Ana Paris
  • Debunker
  • Decayed
  • Don't Disturb My Circles
  • Dream Circus
  • Earth Drive
  • Füzz
  • Pandora
  • Redemptus
  • Selfish
  • Serrabulho
  • Sun Mammuth
  • Tó Pica 
Ana Paris | Dream Circus | Decayed

Tudo para conferir Domingo à noite, como sempre nos 102.9 FM da Tejo FM para o Ribatejo, ou para todo o mundo via emissão online em tejoradiojornal.pt.

quarta-feira, janeiro 20, 2016

Emissão Especial: Nova Música Portuguesa IV

Não há duas sem três, e não há três sem quatro!


O Ruído Alternativo está em pleno 2016, mas falta só arrumar uma última coisa, como fomos avisando nas últimas semanas: a música portuguesa que pontuou 2015 com diversos lançamentos que, devido às nossas emissões especiais e à actualidade rock que se foi impondo, não teve ainda espaço nos nossos programas.

Depois de três Emissões Especiais dedicadas à Nova Música Portuguesa, temos uma quarta emissão para por tudo em ordem de vez e voltarmos, assim, às emissões regulares de actualidade onde nunca irá faltar música nacional - como desde sempre apoiamos.

Tudo para conferir este Domingo, a partir das 22 horas, nos 102.9 FM da Tejo FM para o Ribatejo, via emissão online em tejoradiojornal.pt.

sábado, janeiro 16, 2016

Antevisão/Destaques: Programa 264

A música de 2015 continua a ser o prato forte das primeiras emissões do ano do Ruído Alternativo. Depois de termos dado a conhecer os nosso tops de discos nacionais e internacionais na semana passada, amanhã continuamos a epopeia por entre os melhores do ano passado. Contem com mais 30 álbuns internacionais a ouvir, numa primeira parte conduzida por Carlos Montês e com André Beda a chegar logo a seguir para a segunda. Mais duas horas imperdíveis na Emissão Especial - Review 2015 II onde podem contar com:

1ª parte:

15 discos internacionais de 2015 que importa ouvir, escolhas de Carlos Montês, com:
  • Alabama Shakes
  • Car Seat Hardest
  • Caspian
  • Deerhunter
  • Dilly Dally
  • Drenge
  • Eagles Of Death Metal
  • Lightning Bolt
  • Low
  • Protomartyr
  • Royal Headache
  • Spectres
  • The Amazing
  • The Lucid Dream
  • Titus Andronicus



2ª parte:

Mais 15 álbuns internacionais de 2015 trazidos a destaque por André Beda:
  • All Them Witches
  • Faith No More
  • Fear Factory
  • Goatsnake
  • KEN Mode
  • Killing Joke
  • Marilyn Manson
  • Mondo Drag
  • Mutoid Man
  • Pentagram
  • Refused
  • The Sword
  • Torche
  • Toundra
  • Windhand
 
Tudo para ouvir amanhã à noite a partir das 22h na Tejo FM102.9 FM para o Ribatejo ou via emissão online em tejoradiojornal.pt.

sábado, janeiro 09, 2016

Antevisão/Destaques: Programa 263

2015 está a ser arrumado pela equipa do Ruído Alternativo e amanhã começamos mais uma epopeia. Os 60 álbuns que nos ficaram no ouvido estarão em foco nas duas emissões - 30 por cada programa. Começando já amanhã pelos dois tops do Ruído Alternativo: 15 melhores álbuns nacionais de 2015 e 15 melhores álbuns internacionais de 2015! Duas horas imperdíveis de Emissão Especial - Review 2015 onde podem contar com:

1ª parte:

Top 15 melhores discos nacionais de 2015 para o RA com:
  • 10 000 Russos
  • Astrodome
  • Dollar Llamma
  • Equations
  • Fast Eddie Nelson
  • Moonspell
  • Pega Monstro
  • Pista
  • Savanna
  • The Glockenwise
  • The Japanese Girl
  • The Temple
  • The Walks
  • TV Rural
  • Wells Valley


2ª parte:

Top 15 melhores álbuns internacionais de 2015 do Ruído com:
  • Baroness
  • Black Temple
  • Boogarins
  • Chelsea Wolfe
  • Clutch
  • Courtney Barnett
  • Deafheaven
  • Elder
  • Father John Misty
  • Ghost
  • Kurt Vile
  • Kylesa
  • Sleater-Kinney
  • Tame Impala
  • Viet Cong
Tudo para ouvir amanhã à noite a partir das 22h na Tejo FM. 102.9 FM para o Ribatejo ou via emissão online em tejoradiojornal.pt.

quinta-feira, janeiro 07, 2016

Informação: Top 15 Melhores Álbuns Internacionais De 2015

1 Baroness - Purple


2 Courtney Barnett - Sometimes I Sit And Think, And Sometimes I Just Sit.


3 Black Temple - It All Ends


4 Chelsea Wolfe - Abyss


5 Tame Impala - Currents


6 Father John Misty - I Love You, Honeybear


7 Viet Cong - Viet Cong


8 Kylesa - Exhausting Fire


9 Kurt Vile - B'lieve I'm Goin Down...


10 Ghost - Meliora


11 Deafheaven - New Bermuda


12 Boogarins - Manual Ou Guia Livre De Dissolução Dos Sonhos


13 Clutch - Psychic Warfare


14 Elder - Lore


15 Sleater-Kinney - No Cities To Love

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Emissão Especial: Review 2015 com as nossas listas de melhores álbuns do ano (top 15 nacionais & top 15 internacionais + 30 álbuns em destaque pelos autores [15 por Carlos Montês & 15 por André Beda]) nos próximos dias 10 e 17 de Janeiro! Todas as informações aqui.

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Informação: Top 15 Melhores Álbuns Nacionais De 2015

1 Equations - Hightower


2 10 000 Russos - 10 000 Russos


3 Fast Eddie Nelson - Roots Run Deep


4 Pega Monstro - Alfarroba


5 Astrodome - Astrodome


6 Savanna - Dreams To Be Awake


7 The Glockenwise - Heat


8 Wells Valley - Matter As Regent


9 Dollar Llama - Grand Union


10 The Walks - Fool's Gold


11 Moonspell - Extinct


12 The Japanese Girl - Sonic-Shaped Life


13 TV Rural - Sujo


14 The Temple - Serpentiger


15 Pista - Bamboleio

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Emissão Especial: Review 2015 com as nossas listas de melhores álbuns do ano (top 15 nacionais & top 15 internacionais + 30 álbuns em destaque pelos autores [15 por Carlos Montês & 15 por André Beda]) nos próximos dias 10 e 17 de Janeiro! Todas as informações aqui.

terça-feira, janeiro 05, 2016

Emissão Especial: Review 2015

Janeiro já está fulgurante e no Ruído Alternativo começamos a época de balanços. A tradição mantém-se e reservamos para Janeiro as nossas listas com os melhores álbuns do ano que passou. Os próximos dias 10 e 17 de Janeiro estão reservados na nossa agenda: Emissão Especial - Review 2015, duas emissões com os melhores álbuns de rock e de metal (e seus congéneres) do ano que findou!


A habitual missão impossível (e ingrata) já está concluída, e depois de escutados os álbuns de 2015, das discussões, dos argumentos e dos votos contados, já temos as nossas listas de melhores álbuns nacionais e internacionais do ano que passou prontas a revelar (a partir de amanhã no blog).

Por agora, André Beda e Carlos Montês têm o prazer de vos dar o som dos melhores discos de 2015 para o Ruído Alternativo, com dois programas já preparados para os dois próximos Domingos!

Ficam, assim, em baixo os dados sobre as duas emissões especiais que se seguem e que fazem parte da Review 2015:

Review I - 10 de Janeiro:
  • 1ª parte: top 15 álbuns nacionais da equipa do RA;
  • 2ª parte: top 15 álbuns internacionais da equipa do RA;
Review II - 17 de Janeiro:
  • 1ª parte: + 15 álbuns internacionais destacados por Carlos Montês;
  • 2ª parte: + 15 álbuns internacionais destacados por André Beda;
Resta o convite a todos: esperamos pela vossa companhia nesta maratona por 2015 e por mais duas Emissões Especiais a não perder! Domingosa partir das 22h, na Tejo FM. 

Boas audições!

[Não iremos passar os álbuns na íntegra, mas sim uma música de cada um dos álbuns que escolhemos/destacamos.]
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P.S: Brevemente serão revelados os pormenores sobre os artigos de análise às escolhas dos autores do Ruído Alternativo para estas duas emissões da Review 2015.

sábado, janeiro 02, 2016

Antevisão/Destaques: Programa 262

A Colecção RA de Dezembro não aconteceu devido às emissões especiais que fecharam 2015 no Ruído Alternativo, como explicámos em artigos anteriores. Embora isso, não nos esquecemos da promessa, e eis que está mesmo aí à porta o programa que faz a devida homenagem a  Scott Weiland, músico que desapareceu no início de Dezembro passado, tido como uma das maiores vozes da sua geração. Primeira parte com Purple (1994) dos Stone Temple Pilots em destaque, e na segunda hora Contraband (2004) dos Velvet Revolver para conhecer.

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 (1994) Stone Temple Pilots - Purple

A estreia Core de 1992 foi sempre olhada de lado pelos críticos devido à cópia descarada que apontavam ter sido feita, e nem "Plush" os demoveram. O sucesso foi grande, ainda mais quando se tratava de uma estreia e de um grupo que estava fora da cidade epicentro do grunge. Dois anos mais tarde a prova de fogo: Purple (1994) sai para a lojas, novamente com as mãos de Brendan O'Brien (que ficaria ligado ao grupo nos cinco primeiros álbuns), e aquilo a que se propuseram foi conseguido. Purple chega ao número um das tabelas norte-americanas (número um também noutros países, assim como outros tantos lugares cimeiros), os singles atingiram também lugares no topo das tabelas (incluindo dois números um, um por 15 semanas e outro por duas nos E.U.A.); e as vendas, só em quatro meses, ascenderam aos três milhões de cópias (totalizando mais de oito milhões até aos dias de hoje). Este é o primeiro trabalho onde liricamente são retratadas as relações tortuosas de Scott Weiland com as drogas (músico que se encarrega de todas as letras) enquanto musicalmente Robert DeLeo tornava o som dos Stone Temple Pilots pertinente e diferente em todo o grande oceano de bandas de rock/grunge/alternativo com sucesso em 1994, aos quais contribuíram também Dean DeLeo e Eric Kretz [Tiny Music... (de 1996) certificaria esse atestado de crescimento]. Purple é um álbum onde parte da desconfiança da imprensa desaparece e onde "Interstate Love Song" é aclamada como a melhor canção alguma vez escrita pelos quatro músicos, um tema que não é necessariamente grunge - o country e até a bossa nova destacam-se. A mudança e os factores já descritos tornariam-se nas razões pelas quais a música dos Stone Temple Pilots era válida. Uma mudança para um lugar mais psicadélico que se entranha no seio do grupo permitindo aos mesmos o início da exploração de novos universos, aplaudida por todos. Nem sempre em fórmula que ganha, não se mexe.
 CM

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(2004) Velvet Revolver - Contraband

Na segunda parte, entramos em detalhe na história dos Velvet Revolver. O supergrupo que acolheu membros que saíram ou foram despedidos dos Guns N' Roses na segunda metade da década de 90 (Slash, Duff McKagan e Matt Sorum), não teve dificuldade em escolher um guitarrista para se juntar a eles (Dave Kushner). Quanto ao posto de vocalista, o texto teve de dar mais voltas. Depois de muitas audições, algumas delas filmadas pela VH1, o quarteto acabou por "namorar" um vocalista comprometido: Scott Weiland, na altura nos Stone Temple Pilots. Depois da separação dos rapazes de San Diego, Weiland juntou-se aos Velvet Revolver como convidado e passaria a figurar permanentemente na formação pouco tempo depois de gravarem as primeiras músicas (no caso, para a banda sonora de dois filmes). Entre 2002, altura em que se formou o supergrupo sem vocalista, e 2004 tiveram tempo para fazer audições a dezenas de vocalistas, contratarem um, e gravar um disco. Contraband mostrava um grupo de músicos com história a tentar fazer algo original, embora muita imprensa continuasse a compará-los com os projectos de onde vinham. Inegável é que este é um dos melhores registos hard rock do novo milénio em disco. Apesar de tudo isto, a que se junta ainda reacção positiva das massas, a promoção de Contraband na estrada viria a trazer de volta velhos fantasmas: os membros dos Velvet Revolver viriam na tour a recair nos abusos de drogas e álcool. Este factor levou a que Scott Weiland ficasse cada vez mais isolado no seio do grupo e à sua inevitável separação em 2008. Depois disso, os Velvet Revolver começaram um processo de recrutamento de um novo vocalista que dura até aos dias de hoje. Certo é que não os voltaremos a ver em palco com o malogrado Scott Weiland cuja música será homenageada nesta emissão.
AB

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Tudo isto, e muito mais, a não perder Domingo à noite na Tejo FM. A partir das 22h nos 102.9 FM para ou Ribatejo ou para todo o mundo na emissão online em www.tejoradiojornal.pt.